terça-feira, 7 de julho de 2009

GRUPO FORTALEZA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Introdução

A Revolução Industrial teve início no século XVIII, na Inglaterra, com a mecanização dos sistemas de produção. Enquanto na Idade Média o artesanato era a forma de produzir mais utilizada, na Idade Moderna tudo mudou. A burguesia industrial, ávida por maiores lucros, menores custos e produção acelerada, buscou alternativas para melhorar a produção de mercadorias. Também podemos apontar o crescimento populacional, que trouxe maior demanda de produtos e mercadorias.
Pioneirismo Inglês
Foi a Inglaterra o país que saiu na frente no processo de Revolução Industrial do século XVIII. Este fato pode ser explicado por diversos fatores. A Inglaterra possuía grandes reservas de
carvão mineral em seu subsolo, ou seja, a principal fonte de energia para movimentar as máquinas e as locomotivas a vapor. Além da fonte de energia, os ingleses possuíam grandes reservas de minério de ferro, a principal matéria-prima utilizada neste período. A mão-de-obra disponível em abundância (desde a Lei dos Cercamentos de Terras ), também favoreceu a Inglaterra, pois havia uma massa de trabalhadores procurando emprego nas cidades inglesas do século XVIII. A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fábricas, comprar matéria-prima e máquinas e contratar empregados. O mercado consumidor inglês também pode ser destacado como importante fator que contribuiu para o pioneirismo inglês.
Avanços da Tecnologia
O século XVIII foi marcado pelo grande salto
tecnológico nos transportes e máquinas. As máquinas a vapor, principalmente os gigantes teares, revolucionaram o modo de produzir. Se por um lado a máquina substituiu o homem, gerando milhares de desempregados, por outro baixou o preço de mercadorias e acelerou o ritmo de produção.
A Fábrica
As fábricas do início da Revolução Industrial não apresentavam o melhor dos ambientes de trabalho. As condições das fábricas eram precárias. Eram ambientes com péssima iluminação, abafados e sujos. Os salários recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos e chegava-se a empregar o trabalho infantil e feminino. Os empregados chegavam a trabalhar até 18 horas por dia e estavam sujeitos a castigos físicos dos patrões. Não havia direitos trabalhistas como, por exemplo, férias, décimo terceiro salário, auxílio doença, descanso semanal remunerado ou qualquer outro benefício. Quando desempregados, ficavam sem nenhum tipo de auxílio e passavam por situações de precariedade.
Causas Gerais da Revolução Industrial
Entre os diversos fatores que se encontram na origem do processo de industrialização, três merecem destaque especial: A Revolução Comercial, a acumulação primitiva de capital e o aparecimento das máquinas.
Outro fator importante da Revolução Industrial foi o aparecimento das máquinas a vapor, do tear mecânico e das máquinas de fiar, que revolucionara, no séc. XVIII, as técnicas de produção industrial. A partir daí ocorreu o surgimento da indústria fabril.
As fases da Revolução Industrial
Durante a segunda metade do século XVIII, na Inglaterra uma série de transformações no processo de produção de mercadorias deu origem ao que se convencionou chamar por 1º Revolução Industrial. Antes desse processo eram as oficinas artesanais que produziam grande parte das mercadorias consumidas na Europa. Nestas oficinas, também chamadas de manufaturas, o artesão controlava todo o processo de produção. Era ele quem estabelecia, por exemplo, sua jornada de trabalho. Também não existia uma profunda divisão do trabalho (cada um fazendo uma parte do produto). Freqüentemente nas oficinas um grupo de dois ou três artesãos se dedicava à produção de uma mercadoria de seu princípio ao seu fim, ou seja, fazia a mercadoria como na sua totalidade, sem divisão do trabalho.
Com a Revolução Industrial isso se alterou, os artesãos perderam sua autonomia. Com a chegada de novas tecnologias e novas máquinas apareceram, as fábricas nas quais todas as modernas máquinas tornaram-se propriedade de um capitalista (burguês). A produção fabril concorrendo com a artesanal levou esta à ruína. Os antigos artesãos então tiveram que se tornar trabalhadores assalariados, estando a partir daí sob o controle do capitalista. Essa primeira fase da Revolução Industrial foi assinalada pelos seguintes fenômenos:
- Invenção do tear mecânico e do descaroçador de algodão e consequente desenvolvimento da indústria têxtil;
- Invenção da máquina a vapor, que substitui as fontes tradicionais de energia mecânica, como a roda de água, a roda de vento e a tração animal;
- Uso do coque para a fundição do ferro; a produção de lâminas de ferro e a produção do aço em larga escala;
- Melhoria no processo de exploração do carvão mineral, com a utilização de máquinas a vapor para retirar a água acumulada nas minas de carvão;
- Revolução nos transportes e nas comunicações, com a invenção da locomotiva, do navio a vapor e do telégrafo;
- Progressos na agricultura, com a produção de adubos, melhores grades e arados, invenção da debulhadora e da ceifeira mecânica.
A segunda fase da Revolução Industrial foi assinalada pelos seguintes fenômenos:
- aperfeiçoamento na produção do aço, que superou o uso do ferro;
- aperfeiçoamento do dínamo;
- utilização de novas fontes de energia, como o petróleo e a energia elétrica;
- invenção do motor de combustão interna;
- emprego dos metais leves, como o alumínio e o magnésio;
- nova evolução nos transportes, com introdução das locomotivas e dos navios a óleo, invenção do automóvel, do avião, do telégrafo sem fio, do rádio e da televisão;
A terceira fase da Revolução Industrial ocorreu nas primeiras décadas do século XX, com o desenvolvimento da automação. Teve sua maior expressão nos Estados Unidos, através das idéias da organização científica do trabalho de Taylor, que visavam ao aumento da produção com a diminuição do trabalho, e da criação das linhas de montagem na indústria automobilística por Henry Ford. O movimento taylorista-fordista deu origem à sociedade capitalista de produção e consumo em massa, que atingiu seu auge na década de 1920, começou a mostrar sinais de decadência com a Primeira Guerra Mundial e a Crise de 1929 e chegou ao seu fim, na década de 1960. Foi nesta fase que a sociedade industrial atingiu seu auge de desenvolvimento. A produção industrial, ou setor secundário da economia, ocupou lugar de destaque no desenvolvimento de riquezas e na geração de postos de trabalho dentro da sociedade capitalista.
A Terceira Revolução Industrial ficou caracterizada pela produção e pelo consumo em massa, em que as indústrias eram instituições gigantescas que empregavam um grande contingente de trabalhadores assalariados para a execução de tarefas específicas, segmentadas e repetitivas.
Consequências da Revolução Industrial
A revolução industrial, ao deslocar uma estrutura industrial de tipo artesanal, mais ou menos desenvolvida, conforme o país e a época, não atingiu todos os setores de uma só vez. Mesmo num determinado setor, como o têxtil, certas modificações se deram mais depressa que outras.
De modo geral a revolução afetou em primeiro lugar a fabricação de bens de consumo: tecidos, roupas, utensílios de metal, produtos alimentícios. Numa segunda etapa foram atingidas as indústrias ligadas a bens de produção: máquinas, siderurgia, química, ferramentas etc. A manufatura de ferro e aço em grande escala foi a ponte necessária entre as duas fases.
Nas regiões de economia dependente apenas algumas indústrias de bens de produção ligadas à exportação (exploração vegetal ou mineral) atraíram o interesse do capitalismo internacional. Quase sempre as necessidades de energia e matérias-primas ditaram a localização das indústrias, perto de jazidas carboníferas, vales fluviais, locais com potencial hidrelétrico. Água e energia foram fatores essenciais para a localização da indústria têxtil, assim como o carvão para a siderurgia, a argila para a cerâmica etc
As conseqüências gerais da revolução industrial podem ser assim resumidas: urbanização rápida e intensa; progresso das regiões industriais em relação às rurais; incremento do comércio interno e internacional; aperfeiçoamento dos meios de transporte; crescimento demográfico; e redistribuição da riqueza e do poder, primeiro entre os países da Europa, como prova o declínio relativo da França, e depois do mundo.
Movimentos
Alguns trabalhadores, indignados com sua situação, reagiam das mais diferentes formas, das quais se destacam:
Movimento Ludista- surgiu em 1811, sendo uma forma radical de protestar. O nome deriva de Ned Ludd,um dos lideres do movimento.Os ludistas invadiam as fábricas e destruíam as maquinas, que ,por serem mais eficientes que os homens, tiravam seus trabalhos, requerendo,contudo, duas horas de jornada de trabalho,Os manifestantes sofreram uma violenta repressão, foram condenados à prisão, à deportação e até a forca.Ficaram lembrados como “os quebradores de máquinas’’.
Movimento Cartista- movimento organizado pela Associação dos operários, que exigia melhores condições de trabalhos como:
limitação de oito horas para a jornada de trabalho;
regulamentação do trabalho feminino;
a extinção do trabalho infantil;
a folga semanal;
o salário mínimo.
Este movimento lutou ainda pelos direitos políticos, como o estabelecimento do sufrágio universal e extinção de propriedade para se integrar ao parlamento e o fim do voto censitário. Esse movimento se destacou por sua organização, e por sua forma de atuação, chegando a conquistar diversos direitos políticos para os trabalhadores.
As “trade unions’’- forma de organização dos trabalhadores com um considerável nível de ideologização e organização. O mais eficiente e principal instrumento de luta das trade unions era a greve.
Produção em massa
Este modo de produção foi popularizado por Henry Ford no inicio do século 20, particularmente na produção do modelo Ford T. Tornou-se um modelo muito difundido, pois permite altas taxas de produção por trabalhador e ao mesmo tempo disponibiliza produtos de baixo preço
Surgimento das leis trabalhistas
No Brasil tivemos o início do processo de industrialização retardado pelas proibições impostas pelo governo colonial que dominou o nosso País até 1822. Com a Independência, feita sob a liderança do príncipe Pedro I, membro da mesma dinastia que governou Portugal e suas colônias de além mar, as restrições antes existentes permaneceram, além da falta de capital que o regime escravista cultivava para manter privilégios dos senhores donos das terras e dos escravos. As primeiras indústrias foram aparecer na década de 50 do século XIX. Só no início do século XX começaria uma modesta industrialização no eixo Rio-São Paulo, depois da proclamação da República.
Com o aparecimento de indústrias e o crescimento do número de operários, organizam-se os primeiros sindicatos no Brasil, que promovem assembléias, congressos, passeatas, greves e os mais diferentes tipos de manifestação, sempre apoiados em uma imprensa operária combativa, criada e editada por trabalhadores imigrantes com experiência adquirida no movimento sindical europeu. Era um movimento que reivindicava melhores salários, jornada de 8 horas diárias, segurança no emprego e outros direitos sociais. Nos anos 10 e 20 do século XX, a ação sindical dos trabalhadores, as suas manifestações já alcançavam um grande vigor em toda a região industrializada do País - no caso, São Paulo e Rio de Janeiro. Em 1917, São Paulo foi palco da histórica greve geral dos operários da indústria, dos trabalhadores em transportes e dos empregados do comércio.
É importante destacar que o movimento sindical só pode exercer, em sua plenitude, o papel de interlocutor representativo dos interesses coletivos das categorias de trabalhadores em seus embates com os empregadores - e também com o Poder Público - em um ambiente de vigência da democracia, em um Estado de Direito democrático. Neste particular, é preciso dizer que o movimento sindical brasileiro sempre teve que enfrentar a repressão policial desde o seu nascimento. Na Velha República, a questão social era considerada um "caso de polícia".
Durante a ditadura Vargas, o Estado decidiu consolidar uma legislação para as relações de trabalho, a CLT, e tutelar os sindicatos, com atribuições assistencialistas e de colaboração de classe, criando a famosa figura do "pelego". No regime da Constituição de 1946, os sindicatos continuavam sujeitos à legislação imposta pelo "Estado Novo" e à intervenção do Ministério do Trabalho.
Apesar dessas dificuldades, pela falta de democracia no País ao longo de quase todo o século XX, depois da Segunda Guerra Mundial, com a derrota do Nazi-fascismo, sindicatos de grande número de categorias importantes conseguiram livrar-se dos "pelegos" e voltar à combatividade dos anos 10 e 20, com um novo ciclo de lutas sindicais, que vai até o golpe de 1964, que implantou o regime militar. Neste período, ocorreram grandes lutas, greves memoráveis e novas conquistas, entre as quais, o repouso semanal remunerado, férias de 30 dias e 13º salário.
Durante o regime militar, sob pressão da ditadura implantada, os sindicatos voltam a sofrer intervenção. Assembléias e passeatas eram proibidas. Greve, nem pensar, era considerada subversão contra o regime e quem dela participasse estava sujeito aos rigores da Lei de Segurança Nacional. Mas, em 1974, houve uma eleição na qual a ditadura sofreu uma histórica derrota, sinal de que estava sendo repudiada pela sociedade. A partir daí, começa uma "abertura lenta e gradual", como diria o Presidente de então, o general Ernesto Geisel.
Em 1978, surgem as primeiras manifestações estudantis e operárias em São Paulo. Em 1979, as primeiras greves. Na década de 80 do século passado, aparece um novo sindicalismo no ABC paulista, sob a liderança de Luiz Inácio da Silva, o Lula, e Enilson Simões, o Alemão.
Hoje, ou melhor, desde a promulgação da Constituição de 1988, é livre a organização sindical no Brasil e o exercício pleno do direito de greve, inclusive no serviço público, coisas que eram proibidas até então. Com a vigência da democracia em nosso País, os trabalhadores têm desenvolvido e aperfeiçoado as suas organizações de classe e utilizado esse poder que dispõem para garantir e ampliar conquistas nas disputas entre o capital e o trabalho. Pena que as diferenças de caráter político, existentes no movimento sindical, tenham levado à quebra da unidade da central sindical provisória organizada no início da década de 80 do século XX, a Conclat (Congresso Nacional das Classes Trabalhadoras). Do racha havido na Conclat, saíram seis centrais sindicais: CUT, duas CGTs, Força Sindical, CAT e SDS. Essa fragmentação em tantas centrais sindicais reduz o poder da pressão e de negociação dos trabalhadores frente às organizações patronais e frente aos governantes.
Quando a intermediação feita pelos sindicatos, através de negociações com os empregadores, não resolve o conflito nas relações de trabalho e não apresentam resultados, os trabalhadores procuram romper o impasse com a greve, o meio mais eficaz a seu dispor, consagrado internacionalmente. No Brasil, legalmente, as primeiras referências ao direito de greve apareceram na Consolidação das Leis do Trabalho, a CLT, no início da década de 40 do século passado, durante o primeiro governo de Getúlio Vargas. Depois, o próprio Vargas baixaria um decreto, o 9.070, estabelecendo todo um rito a que os sindicatos deviam obedecer para decretar uma greve. Tratava-se de uma regulamentação "para evitar abusos", conforme foi dito na época; na verdade, uma limitação do direito de greve que quase a inviabilizava.
O direito de greve é juridicamente um direito estranho, tendo em vista que o seu uso pelo trabalhador contrapõe-se a outros direitos. Quando desencadeia uma greve, o trabalhador de determinado setor está se contrapondo aos direitos das empresas e direitos de outros setores da sociedade. Não obstante isso, o direito de greve acabou se consagrando em constituições e legislações específicas exatamente para dar equilíbrio às relações de trabalho. A greve é um instrumento de força útil e necessário de que dispõe o trabalhador para compensar o poder do capital, para fazer o empregador pensar e negociar as reivindicações colocadas na mesa pelos sindicatos dos empregados.
Automação dos serviços
Uma das características mais notáveis da Revolução Industrial foi a introdução de máquinas automáticas nas indústrias têxteis da Inglaterra e da Escócia, o que ocorreu entre 1750 e 1800 e assinalou o início do modo de produção moderno.
Com o aumento da procura de tecidos, os comerciantes voltaram-se cada vez mais para as máquinas, visando ao aumento da produção, e para as fábricas, a fim de centralizar o controle sobre seus trabalhadores.
Para atender ao aumento da procura de tecidos e outros produtos, os proprietários de terras começaram a cultivar matérias-primas em vez de alimentos em suas propriedades, e estas se tornaram maiores. Verificou-se um grande aumento de investimento de capital na agricultura. Melhoraram os padrões de administração das propriedades agrícolas, bem como a qualidade das criações e das lavouras.
No sistema doméstico, muitos patrões mantinham um relacionamento íntimo com seus empregados e sentiam-se de alguma forma responsáveis por eles. Esse relacionamento tornou-se impossível nas grandes fábricas da Revolução Industrial. Os industriais empregavam muitos trabalhadores e não podiam lidar com eles pessoalmente.
A jornada de trabalho do sistema industrial provavelmente não era maior que a do sistema doméstico cerca de 12 a 14 horas por dia durante seis dias na semana. Nas fábricas, porém, as máquinas obrigavam os operários a trabalhar mais rápido e sem descanso.
Os salários nas fábricas eram baixos. As mulheres e as crianças trabalhavam como empregados não-especializados e recebiam apenas uma parte insignificante dos baixos salários dos homens. As crianças, muitas delas com menos de 10 anos, trabalhavam de 10 a 14 horas por dia. Algumas ficavam deformadas pelo trabalho ou acabavam mutiladas por máquinas que não ofereciam segurança.
A maioria dos trabalhadores era muito pobre e não sabia ler nem escrever. A construção de habitações nas cidades industriais em expansão não acompanhava o ritmo da migração de trabalhadores provenientes das zonas rurais, o que provocou um grave problema de superpopulação. Muitas pessoas viviam em péssimas condições higiênicas e, portanto, sujeitas a surtos de doenças.
Escritório Virtual
O novo mercado global é rápido e competitivo.Buscando sobreviver e crescer empresas no mundo inteiro experimentam novas tecnologias,formas de organização e relação de trabalho.
Em particular,a revolução nas comunicações e nas tecnologias de informação- com a popularização de celulares, notebooks e da internet- revolucionou os métodos de trabalho,permitindo não apenas o aumento na produtividade, mas na mobilidade dos funcionários.
Não é mais necessário manter toda uma equipe confinada todo o tempo em um local físico(“o escritório’’)para que o trabalho possa ser executado. Com um celular e um computador conectado à internet.é possível resolver grande parte dos problemas da empresa.
Algumas empresas fazem da internet seu principal meio de negócios. Não apenas as novas empresas “pontocom”, mas também bancos, redes de varejo e até serviços públicos migram para a World Wide Web. Balcões de atendimento, lojas, almoxarifados, arquivos passam a ter seus equivalentes (e, muitas vezes, seus substitutos) no ambiente virtual.
A terceirização dos serviços cria um nicho para empresas e profissionais especializados, que executam parte das atividades anteriormente verticalizadas nas grandes empresas. As atividades terceirizadas não precisam estar fisicamente instaladas junto à empresa contratante, como ocorre com call-centers, data-centers, serviços jurídicos, transportes e outras atividades de apoio típicas.
O que há de comum nos exemplos anteriores?
Cada um dos exemplos acima permite reduzir os custos fixos da empresa (escritórios, mobiliário, folha de pagamento etc.) muitas vezes com ganhos de produtividade.
Por outro lado, essas novas formas de fazer negócios criam um universo de oportunidades para pequenas empresas e profissionais, que tampouco necessitam de grandes investimentos em infra-estrutura e pessoal para atenderem seus clientes.
Idealmente, infra-estrutura e pessoal deveriam ser usados apenas quando necessário - isto é, custo fixo transformado em custo variável, os gastos proporcionais às receitas, o ideal de todo o empreendedor...
Contudo, foi nos anos 1980, com o rápido progresso nos setores de informática e telecomunicações, que o paradigma do Escritório Real começou a ser flexibilizado.
É nessa época que se dá o crescimento dos “call-centers”, que retiraram de dentro das empresas serviços como atendimento telefônico, telemarketing, suporte à distância entre outros. Hoje, ao contatar uma concessionária de energia, por exemplo, um consumidor norte-americano pode, na verdade, estar falando com um atendente nas Filipinas, Índia ou África do Sul!
Paralelamente, a terceirização, a flexibilização das relações de trabalho e as inovações tecnológicas tornaram possível reduzir (quando não desaparecer totalmente com) a necessidade do Escritório Real. As vantagens são claras: agilidade, flexibilidade e baixo custo.
Logo empresários começaram a perceber as vantagens de se usar os serviços dos Escritórios Virtuais. Das grandes corporações - que usam esses serviços para seus executivos em viagens ao exterior - aos pequenos empreendedores - que podem fazer dela sua plataforma permanente - todos podem se beneficiar dessa solução para o incremento de seus negócios.
Em fins de 2006, uma rápida consulta ao Google com a expressão “virtual office” retornava cerca de 200 milhões de resultados, com empresas em locais tão distintos como Estados Unidos, Brasil, Suíça e Cingapura. Trata-se, portanto, de um segmento de serviços em franca ascensão, o que demonstra seu potencial de vantagens.
Na Economia Global os Escritórios Virtuais surgem como mais um dos novos elementos à disposição de empresas e profissionais na busca por maior eficiência e lucros.
Para o futuro
Os Escritórios Virtuais vieram para ficar e as tendências para o futuro próximo sugerem o fortalecimento desse conceito. Hoje, já são uma opção para muitas e variadas empresas, assim como para empreendedores e profissionais independentes.
Assim como as demais inovações que vêm se disseminando no Mercado Global, os Escritórios Virtuais tendem a se tornar parte permanente da paisagem empresarial. Caberá às empresas e profissionais conhecerem essa solução e dela se utilizarem sempre que se provar vantajosa - ou correrem o risco de serem ultrapassados pelos concorrentes mais bem informados.
Os Escritórios Virtuais surgiram dentro da Nova Economia, como uma das novas formas de negócio viabilizadas pelos avanços tecnológicos e organizacionais já citados. As primeiras empresas desse tipo surgiram no início década de 1990 e, apesar do curto espaço de tempo, já demonstraram seu potencial de sucesso.

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